quinta-feira, 23 de junho de 2011


Fordismo, toyotismo e volvismo
A partir da década de 70, a liderança dos Estados Unidos e da Europa Ocidental passou a ser desafiada pelo Japão.
O modelo de produção fordista estaria sendo substituído por novos conceitos e princípios. Essas metáforas serão contrapostas a três diferentes sistemas gerenciais.
Na primeira parte, será descrita a imagem da organização como máquina, em seguida o tema da produção em massa.
Na segunda parte a empresa analisada será a Toyota e a imagem escolhida, a da organização como organismo.
Na terceira parte, será tomada a metáfora do cérebro e abordado o caso da Volvo.
A palavra organização significa instrumento.Organizações são uma forma de associação humana destinada a viabilizar a consecução de objetivos predeterminados.Mas esse conceito se perdeu,o trabalho nas fábricas passou a exigir horários rígidos,rotinas predefinidas,tarefas repetidas e estreito controle.A produção manual deu lugar à produção em massa,a sociedade rural deu lugar a urbana e o humanismo cedeu ao racionalismo.
Para Max Weber a burocracia rotiniza a administração  como as máquinas rotinizam a produção.Para ele as organizações são capazes de rotinizar e mecanizar cada aspecto da vida humana,minado a capacidade de uma ação criadora.
A origem da teoria clássica é visto como um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle.
A unidade de comando,divisão detalhada do trabalho ,definição clara de responsabilidade,disciplina e autoridade passaram a ser chaves para o êxito das organizações.
A modernização dos conceitos inclui dois pontos-chaves:
·         Primeiro, visando adotar as organizações de maior capacidade de ação em ambiente complexas;
·         Segundo, o de adaptar o homem às necessidades das organizações, e não o contrário.
A idéia central continua sendo que as organizações são sistemas racionais que devem operar da forma mais eficiente possível.
Taylor desenvolveu uma série de princípios baseados na separação de trabalho físico e mental e um deles foi enfocar e administrar as organizações como máquinas significam fixar metas e estabelecer formas de atingi-las,organizar de forma racional,clara e eficiente.
Uma limitação das organizações mecanicistas é que seu princípio assume uma racionalidade individual, uma competitividade que leva a uma limitação da utilização das capacidades humanas, com conseqüências negativas. Os  princípios desta visão passaram e integraram os modelos de poder e controle existentes,a realidade é diferente daquela que gerou a visão mecanicista.
O surgimento do conceito de produção focaliza a indústria automobilística, sua evolução está ligada ao desenvolvimento do pensamento gerencial e das escolas administrativas.
O ciclo de produção capitalista caracterizou-se pela separação do trabalhador dos meios de produção.
Na indústria automobilística o volume era baixo e as máquinas-ferramenta eram de uso geral.
A força de trabalho era altamente especializada e muitos empregados depois de algum tempo abriam sua própria empresa.
No final do século XIX, Henry Ford introduziu seus conceitos de produção com o conceito chave de consistente intercambiabilidade de partes, e a simplicidade de montagem.
As mudanças diminuíram o esforço humano e aumentaram a produtividade e diminuíram os custos.
Ford também reduziu o tempo de preparação das máquinas fazendo com que elas executassem apenas uma tarefa por vez.
Uma das principais raízes do declínio dos anos 30 foi que Ford não tinha idéia de como gerenciar globalmente a empresa sem ser centralizando todas as decisões. Foi Alfred Sloan que resolveu seus problemas com um sistema rígido de controle e, além disso, criou funções na área de finanças e marketing.
Mas com a crise de petróleo nos anos 70 encontra-se as indústrias européias e americanas em estado de estagnação e a ascensão de novos concorrentes do Japão.
Os princípios da administração tendem a se tornar anacrônicos e impraticáveis diante das mudanças que hoje ocorrem mais equivale a dizer que parte dos princípios tayoloristas-fordistas ainda são válidos.
No início do século, a idéia de que os empregados têm necessidade e elas precisam ser preenchidas para ter  uma boa performance era óbvia.
-Elton Mayo identificou a existência dos grupos informais e a enfocar o lado humano.
-Abraham Maslow conceituou o ser humano  como organismo psicológico que procura satisfazer suas necessidades de crescimentos e desenvolvimento,motivado por necessidades fisiológicas,sociais e psicológicas.
-Herzberg e McGregor abordaram a questão de integração dos indivíduos com funções mais enriquecedoras e com isso trouxe a idéia de gerenciamento de recursos humanos.
Os membros do instituto Tavistock procuraram traçar a interdependência entre as necessidades técnicas e humanas nas organizações.
A teoria dos sistemas considera que as organizações são sistemas abertos e devem-se apropriar com o ambiente para garantir sua sobrevivência.
A teoria de contingência correlaciona a ambiente e as características das organizações.
-Joan Woodward: enfoca a questão de tecnologia na estrutura.
-Lawrence e Lorsch: enfocam os diferentes tipos de mercado e o imperativo de flexibilidade.
-Mintzberg:a organização efetiva depende do porte,idade,tecnologia e as condições da indústria
Uma crítica da visão contigencialista é que ela superestima o poder do meio ambiente.
O surgimento ao conceito de produção flexível, indústria automobilística.
Toyoda e Taiichi Ohno refletiram e chegaram a conclusão de que a produção em massa não serviria no Japão entrou o Sistema Toyota de Produção ou produção flexível.
Após a 2° guerra mundial a Toyota demitiu um quarto de sua força de trabalho gerando uma enorme crise.
Trabalhando com esta mão-de-obra diferenciada Ohno fez várias implementações nas fábricas. A primeira foi agrupar os trabalhadores em torno de uma líder e dar-lhes uma série de tarefas e quando os grupos estavam funcionando bem se ajuntavam para discutir melhorias.
Outras idéias de Ohno foi que qualquer operário poderia para a linha se detectasse um problema.
O fluxo de componentes era coordenado com base num sistema que ficou conhecido como Just-in-time,a redução de estoques intermediários.
Toyoda e Ohno levaram20 anos para completar essas idéias mas as conseqüências foram positivas para a produtividade.
O sistema flexível da Toyota foi especialmente bem sucedido em capitalizar as necessidades de mercado consumidor e se adaptar às mudanças tecnológicas.
Volvismo o cérebro como vetor de ação inteligente.
Duas imagens do cérebro como forma de estabelecer uma ponte entres suas características.
1°imagem da organização como sistema de processamento de informações.
2°organização como sistema holográfico.
Simon acredita que as organizações não são totalmente racionais, pois seus membros têm acesso a redes limitadas, e essas limitações são contornadas pela criação de planos que visam simplificar a realidade organizacional.
A visão holográfica pode ser vista como no cérebro, cada neurônio é conectado a milhares de outros, com grandes possibilidades de intercambialidade.
-fazer o todo em cada parte;
-criar conectividade e redundância;
-criar simultaneamente especialização e generalização;
-criar capacidade de auto organização.
A organização holográfica existe em várias empresas e a inovação é o fator chave.
Dois fatores fundamentais do Volvismo são a internacionalização da produção e a democratização da vida no trabalho.
O gerenciamento da Volvo se divida entre inovadores e tradicionalistas.
A sua planta da primavera se divida em três áreas: oficinas de materiais,oficinas de montagens e prédio administrativo.
Todo transporte é o automatizado, a supervisão é de um único gerente. As tarefas são distribuídas de acordo com as competências.
O objetivo da Volvo é projetar um trabalho tão ergonomicamente perfeito que torne os operários mais saudáveis.
Uma característica interessante é que 45¢ da mão-de-obra feminina e o objetivo de tudo isso é aumentar a produtividade, reduzir custos e produzir com alta qualidade

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