quinta-feira, 23 de junho de 2011

Trabalho e gestão de si para além dos ‘’recursos humanos’’
A Ergonomia e a Ergologia podem contribuir para repensar as práticas de trabalho do profissional de Recursos Humanos (Gestão de pessoas) a partir de demandas colocadas pelas modulações do capitalismo contemporâneo.A introdução das questões levantadas pela Ergonomia e  ,especialmente , pela Ergologia –uma ‘’disciplina do pensamento’’.
Uma nova subjetividade vem sendo produzida para atender ao sistema capitalista.
Subjetividade trata-se de pensar como uma invenção sujeito e objeto se engendrando no ato de conhecimento, construindo-se e modificando-se mutuamente ,não havendo nenhuma anterioridade de  qualquer dos dois, pensada em diz respeito a formas de estar, pensar o mundo atravessado por várias questões.
A diferença entre trabalho prescrito e trabalho real é que trabalho prescrito como o conjunto das condições determinada,da tarefa predefinida e dos resultados a serem obtidos e o trabalho real não corresponde jamais ao trabalho esperado,fixado por regras , orientado por objetivos determinados.
Trabalho para Ergologia é a atividade de seres humanos situados no tempo e no espaço e que se da no acontecendo da vida e atividade de trabalho é a maneira pela qual os humanos se envolvem no comprimento dos objetivos de trabalho.
Organizações tayloristas acreditava que os procedimento êxitos era  suficientes  mas o movimento da ergologia diz que não que exige uma mobilização cognitiva e afetiva do trabalhador.
A Ergologia exige que cada disciplina repense a partir de quatro pressupostos.
-a noção de atividade.
-a consideração de que existe um campo de debate de valores em todas as atividades realizadas por humanos.
-a existência de uma dialética.
-a consideração da existência de um regime de produção de saberes como dispositivo em três pólos.
1-Atividade para Ergonomia é também o que não se fez, não pode ser feito, sempre realizada e vivenciada de forma singular,enfrentar as variabilidades é tornar o trabalho vivível.
No ambiente de trabalho existe todo tipo de infidelidades porque nada acontece da mesma forma todo dia.
2-A abordagem ergológica traz valores: o trabalho é o tempo todo um debate de valores, cada um regulariza a prescrição à sua maneira de acordo com seus valores, sua história.
3-Uma das importantes contribuições da Ergologia ao estudo do trabalho é esse olhar sobre o sujeito da atividade enquanto alguém atravessado por escolhas é valor esses tipos de valor são da existência dos humanos e não apenas do trabalho.
Interessar-se pelo trabalho por essa espécie de dialética e recusar-se a apenas pensar o contexto global, é buscar não “a”saída, mas saídas.
4-Regime de produção de saberes em três pólos: o pólo dos conceitos, o da experiência ,ético e epistêmico , faca a ligação entre os dois  .
O pólo dos conceitos dos conhecimentos sistematizado’’ encontra-se’’ com o segundo pólo dos saberes gerados nas atividades (experiência ) em uma dinâmica constante,mas esse encontro só acontece   pelo terceiro pólo,pois ele pressupõe uma maneira de olhar o outro como semelhante , de reconhecer que ambos saberes (conhecimentos e experiência ) vivem a fragilidade de não explicar a realidade, sendo complementares e não excludentes.
Quando o trabalhador é envolvido por inteiro é sempre um drama  trabalhar ,é o espaço de tensões problemáticas.Se as condições históricas são um já dado (prescrição) , o trabalho efetivamente realizado ( assim como a vida ) nunca é apenas isso.
Até a década de 70, as práticas de RH (taylorismo – fordismo) o trabalhador da repetição e do fragmento , o ser humano é visto como descartado e substituível .
A idéia é que o trabalhador falha e os Recursos humanos consertam.
A partir de 70 a agilidade da inovação e a criatividade passam a ser decisivas para a sobrevivência das  empresas, o capital necessita de um trabalhador não apenas qualificado, mas competente ,inteligente ,questionador ,crítico ,inovador , que crie alternativas que mantenham a empresa competitiva.
Na área de RH passa a recair sobre a qualificação, a partir daí acontece algumas diferenças.
A  primeira grande mudança é do nome de Recursos Humanos passa a ser Gestão de pessoas os Talentos Humanos .Muda-se o nome pela constatação de que as pessoas são mais do que um recurso que pode apenas ser manipulado.
O trabalho não pode mais ser visto como uma sequência de operações repetidas, programadas, mas torna-se uma sequência de eventos que se cruzam.
Hoje as novas seleções  de pessoas não feitas por dinâmicas , as avaliações  de desempenho levam em consideração a satisfação do cliente, clima no ambiente de trabalho e melhoria nos processos internos .
Todo humano é gestos de si e deve gerir sua vida e seu trabalho

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